Daqui a pouco irei para São Paulo.
Não sei se iremos ganhar ou perder. Não sei se a viagem será uma marca gloriosa na minha memória ou mais um entulho que terei de guardar no meu depósito de tempos perdidos.
O que sei, amigos, é que, neste momento, 02h da madrugada de quinta-feira, eu sou feliz. Perturbadoramente feliz.
Sou um pai que caminha impaciente na porta da maternidade, aguardando o nascimento do primeiro filho. Não sei se o médico aparecerá na porta hesitante, anunciando as complicações do parto, ou se surgirá sorrindo com a alegria de uma vida nas mãos.
Sou um malabarista na corda bamba. Quero cumprir o meu percurso passo a passo, as pernas trêmulas até a glória do outro lado. Mas nada impede que no meio do caminho eu erre o pé e caia de cabeça no picadeiro da tragédia.
Sou um colorado à espera de uma decisão. E nada pode ser mais saboroso do que estar a um palmo da felicidade; do que ter uma vida inteira prestes a mudar em um abrir de portas, em um passo simples. Em um empate.
Podemos perder, sim. Mas e daí?
A simples espera já marcou minha vida. E agora, 2h da madrugada de quinta-feira, eu sou feliz.
Perturbadoramente feliz.
Um comentário:
Andreas,
Derrota com gosto de vitória e para completar a adrenalina a expulsão do Tinga. Foi demais.
Abs.
Marcelo Furlan
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