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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meu nome é Internacional

Minha origem é remota. Conhecem-me de várias formas: sou bola, campo e bandeirola. Meu tempo não tem idades, só gerações e destinos. Família? Estou em todas. Sou amor de pai para filho. Nas infâncias do mundo, volto, reinicio: meu nome é a inscrição do primeiro traje do menino.

De vez em quando, angustiado, sou silêncio, vento, respiração. Em outras tantas vezes, feliz, sou a música da multidão. Inventaram-me em vários acordes, de bumbo, gaita ou violão. Já fui canto, papel picado, sofrimento e redenção. Se peço algo, falo baixo: como beato em procissão. Há quem me suplique em silêncio, tão quieto como oração.

Já fui calma, já fui raiva. Barreira, chute, disparada. Viro conversa de bar, de sinaleira parada. Sou lembrança e expectativa. Sou carrinho, bola dividida. Espero. Provoco. Encaro. Sou frio no inverno e calor no verão. Não me prendo a destino certo, latitude ou direção.

Sou manhã, tarde e noite. O recém nascido me berra, o doente me balbucia. Lembram-me o por do sol e a última luz do dia. Na vida dos avós e no futuro dos netos, sou a própria genealogia. Meu nome é suave e plana pelo ar. Não há veia ou sangue em que eu não possa pulsar.

Sou pensamento, sou frase, sou toda a gente a me levar. Minha face é conhecida: estou em todos os rostos que há. Caminho, sinto, respiro. Se me chamam, sou andarilho: vago aqui e acolá. Não tenho lugar marcado, nem fronteira a me limitar.

Caminhando pelo mundo, sou para sempre, sou fé, atemporal. Meu nome foi, é e sempre será Sport Club Internacional.

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